quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Um brasileiro

Ontem fizemos uma boa reunião com Lula. Nossa bancada debateu a crise, medidas que protejam os trabalhadores, o ano de 2009. Foi bastante produtivo. Mas não quero escrever sobre isso. Quero compartilhar um sentimento que gosto muito e que Lula sempre me provoca: o amor ao Brasil.
Todos sabem que não sou do mesmo partido que ele, que não acho seu governo perfeito. Tenho perfeito juízo com relação a todos os nossos avanços e conquistas para nosso povo. Mas não abstraio limites. Mas Lula...
Por um momento fiquei ouvindo suas palavras e pensando: será que as "grandes democracias" européias conseguiriam produzir um quadro político dessa dimensão, com tanto conhecimento, nascido no interior de Pernambuco? Será que ele passaria perto dos "templos" da democracia? Acho que não.
Com apenas 20 anos nossa democracia produziu Lula. Síntese de um povo alegre, miscigenado, que ama o futebol (ele elegiou o Nilmar...), que trabalha e que se supera todos os dias. Esse país, tão diferente e tão parecido, tão grande em dimensão, tão plural e tão unido, tem um presidente operário.
Será tão simples o conceito de identidade? Será tão superficial ele falar a mesma língua (não me refiro ao português) que nosso povo? Identidade é algo muito forte e linguagem algo muito profundo.
Essa democracia que achamos limitada é tão mais intensa do que tantas que elogiamos... Lula só poderia existir no Brasil. Porque ele, ele é um brasileiro. De verdade.

2 comentários:

Emanuel Gomes de Mattos disse...

Manu,
pelo balanço da roseira, vamos ter uma dobradinha interessante em 2014Espero viver esses novos tempos...
Bjos.

Lacom Esef Ufpel disse...

Índia Velha, com 20 anos a nossa democracia também produziu Manuela, que de uma maneira muito natural construiu uma identidade fortíssima com as pessoas, fazendo com que estas não só votassem na proposta de Manuela, na dep. Manuela, mas também se encontrassem nela, se identificassem com ela. Com relação a linguagem, ao ler o que escreves e ouvir o que falas o sentimento que fica é que falas e escreves, exatamente, o que sentimos mas não conseguimos expressar, além disso, sempre acaba, de alguma forma, fazendo com que acreditamos mais nas coisas que fazemos e produzimos no dia a dia, esperança. Parabéns a democracia brasileira...
Abraço