Recebi uma mensagem de um cidadão que dizia que eu "não era do ramo". Acho que ele a escreveu em tom de crítica. Eu vi, sinceramente, como elogio. Acho que nós devemos nos questionar mais sobre o que é ser político hoje e o que é fazer política. O que é ser do ramo hoje em dia? O que a população pensa que é ser do ramo? Não acredito que sejam coisas boas nem bons símbolos.
Pode ser alguém que mora numa casa enorme em Porto Alegre ou que transforma Brasília num forno para assar o tanto de panetones que diz ter distribuído. Pode ser alguém que diz que perdeu a esperança e que nem lembra que há apenas vinte anos tínhamos nossas primeiras eleições diretas. Pode ser alguém fala complicado, cheio de termos jurídicos e que faz questão de não ser entendido justamente por aqueles que precisam compreender a realidade porque necessitam urgentemente transformá-la.
Nesse sentido eu tenho orgulho de não ser do ramo... Embora dedique mais de uma década de minha vida à política e que hoje viva dela, eu continuo acreditando, continuo sendo eu mesma, continuo lutando com milhares de brasileiros por uma vida feliz. E quem não vê o filho morrendo do tráfico, quem tem um trabalho decente, quem tem uma moradia digna, quem não morre na fila da saúde tem mais chances de ser feliz.
1 comentários:
É Deputada Manuela, é melhor não ser "do ramo" por que os "do ramo" já saturaram...
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