sábado, 10 de setembro de 2011

Dica de leitura

Ler "Uma duas", da grande jornalista gaúcha Eliane Brum foi como receber um soco na boca do estômago. Forte, denso, com o cheiro excessivo da morte que habita pessoas doentes, maltratadas pela vida e por suas histórias de vida.  Tão forte é o cheiro da morte que nos lembra da loucura da vida. Sabem a morte que vemos anunciada nos olhos de alguns? Assim é o romance de estréia da Eliane. Lemos com olhos aflitos e estômago apertado.
Me ocorre que a autora, por ser jornalista do cotidiano,  daquelas que percebe a dor do homem sobre a carroça -não apenas a carroça a trancar o trânsito- descreve um pouco do que viu na sociedade. 
Sim. Mães matam filhos. Sim. Filhos são violentados por pais. Sim. Filhos matam pais. E existe uma história como pano de fundo. A realidade é pior que os zumbis dos filmes de terror, constata Laura, protagonista do romance, em determinado momento. Sim, Laura. Às vezes, É muito pior. Por sorte, apenas às vezes.

5 comentários:

Inconformado disse...

Gostaria de saber porque neste blog "democrático" todos os comentários feitos a respeito de corrupção e impunidade são censurados. Será que isto não existe no Brasil ou querem tapar o sol com a peneira? Depois falam dos militares...Acorda PCdoB!

Manu disse...

Porque nao modero
Comentários anônimos postados com vários perfis falsos de um mesmo computador. E livre a manifestação do pensar, sendo vedado anonimato

Anônimo disse...

É isso mesmo Deputada Manuela,

O anonimato é sinal que a pessoa não tem personalidade e caráter para manifestar o seu pensamento livre e assinar.

O dito "Inconformado" deve mencionar o seu nome e certamente apresentar os seus comentários, observados os aspectos éticos e morais, o que não significa não poder falar em corrupção e impunidade (é bom que ele saiba as diferenças).

Parabéns Deputada pelo resultado das pesquisas. A Sra. merece.

Um grande abraço,

João David Canela

Emanuel Mattos disse...

Manu,
tive o prazer de conviver com a Eliane Cristina Brum desde que ela iniciou, em Zero Hora. Sua sensibilidade logo se destacou na série "A vida como ela é", que depois virou livro de sucesso.
Eliane tem uma visão muito singular do cotidiano e transmite como "um soco no estômago", bem como escreveste.
Ainda não tive o prazer de ler esse novo lançamento, mas já estou com água na boca.
Beijão.

Rosane Simon disse...

...sem querer ser bairrista, me orgulho de dizer, essa grande figura é de Ijui, filha de meu querido ex profe Argemiro Jacob Brum. bjos Manu.