sábado, 24 de setembro de 2011

Últimas da China

Tentei passar para vocês (apesar da dificuldade de escrever no celular e estar sem internet) um pouco daquilo que vi na China. Percebi um esforço grande deles em debater direitos humanos, em ultrapassar as barreiras que contrapõem aos ESC (econômicos, sociais e culturais) dos CP (civis e políticos). Percebo também esse esforço nas representações sociais da Europa. Essas mantém a antiga tradição de reconhecer aquilo que seus governos vem, aos poucos, negando: é preciso perceber o ser humano na sua integralidade de direitos e reconhecer a diversidade como algo a ser respeitado e não combatido. A maravilha da humanidade está justo na sua diversidade.
Os chineses usam bastante a expressão "ponte". A utilizam para expressar as posições intermediárias, oriundas do diálogo, da construção coletiva. Saio daqui com a convicção renovada de que o Brasil e os países latinos tem todas a potencialidade de ser essa ponte entre os orientais e o norte do ocidente. Sabemos o que significa cada uma das cinco dimensões dos DH. Sabemos que economia, sociedade e cultura precisam de desenvolver para que vivamos com dignidade. Mas também sabemos, após 25 anos do fim da ditadura militar, o quanto a participação política da sociedade em sua diversidade pode contribuir com esse desenvolvimento. Somos a sociedade que luta para desenvolver os DH em sua plenitude. E que precisa avançar - eu sei bem disso - em todas as dimensões.
Ser ponte é sempre melhor do que ser o senhor da guerra. Fico sempre feliz em ser brasileira.

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