Há um oceno a nos separar Milhares,milhões de lágrimas,gotas de suor,fragmentos de saliva Em ondas formar a imensidão do mar revolto A nos separar Meus olhos não alcançam a linha do horizonte Sua silhueta é miragem na minha imaginação Não estão ao alcance das mãos e das vistas As montanhas da Serra Geral formam uma muralha A te esconder Onde estás? Com quantos poemas se faz uma canoa Que permita que transponha tamanho e revolto mar Não quero a calmaria do cais A vida é navegar Mas são tantos quilômetros a nos separar Que seus sinais, seu chamado, seus convites, Tanta sedução Se esvaem como fumaça no céu estrelado de dezembro E o tempo é tão curto A vida escorre entre os dedos E sequer percebemos Os dias, os meses, os anos Engarrafam freneticamente as estradas Que nos distanciam Queria congelar o tempo E transpor tamanha distância Desse Brasil continental Que sem desejar nos separa Poderia ser a Praia do Rosa, Ou quem sabe Campos do Jordão Nas ruas de Curitiba, ou um ponto qualquer Desse mapa resistente em permitir nosso encontro Tantos são os quilômetros Tão poucos são os minutos A distancia que concreta se impõe Aos meus abstratos desejos E a correria do mundo e da vida Tempo de menos Para nós Mas este Oceano não é intransponível Estas montanhas não são absolutas Diante de fantasias tão poderosas E da magia de um poema Parem o mundo um instante Um breve espaço, um só segundo Abram-se os mares Movam-se as montanhas O tempo e o espaço não existem Quando o vento apaixonado quer passar Um breve instante Feche os olhos A terra deixou de rodar As mares congelaram seu movimento A distancia virou com as dobras que providenciei No nosso mapa A vida conspira a nosso favor,meu amor O mundo parou para aplaudir nossa valsa Feche os olhos Sinta minhas mãos distantes Sinta o meu beijo ardente Posso sentir sua respiração ofegante Transbordando de desejo e sensualidade Meu corpo a milhares de quilômetros Entrelaça o seu E a harmonia perfeita da coreografia dos amantes Se estabelece com a leveza dos arroubos juvenis E explode no prazer dos momentos inesquecíveis Um oceano imenso De lagrimas, gotas de suor, fragmentos de saliva, Saudade,amor e dor Nos separa Com quantos poemas se faz uma canoa Que me faça de encontrar em sua cama Se há tantos quilômetros entre nós E tão pouco tempo, tempo sempre de menos. Não importa O dia está se acabando As luzes da cidade se apagam Os carros se escondem nas casas O silencio da madrugada invade o meu quarto Mas nem o tempo, nem a distância Impediram Que nas asas de minha poesia Eu tocasse seu rosto, beijasse sua boca, Entregasse o meu corpo, e feliz como criança Cochilasse em seu ombro acolhedor E mergulhasse no mais profundo sono Sem me importar para a distancia, o tempo, A imensidão do mar e a improbabilidade do amor!
Bola de Meia, Bola de gude é uma homenagem a música do Milton Nascimento e Brant. "Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração, toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão. E me fala de coisas tão lindas que eu acredito que não deixarão de existir, amizade, palavra, respeito, bondade, amor. Pois não quero, não posso, não devo viver como toda essa gente insiste em viver. Não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal (...)"
Há uma menina, uma jornalista, uma mulher, uma criança, uma torcedora, uma apaixonada, uma comunista, uma deputada, uma gaúcha, uma brasileira... Há tanto dentro de mim. E eu tenho que jogar para fora.
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Há um oceno a nos separar
Milhares,milhões de lágrimas,gotas de suor,fragmentos de saliva
Em ondas formar a imensidão do mar revolto
A nos separar
Meus olhos não alcançam a linha do horizonte
Sua silhueta é miragem na minha imaginação
Não estão ao alcance das mãos e das vistas
As montanhas da Serra Geral formam uma muralha
A te esconder
Onde estás?
Com quantos poemas se faz uma canoa
Que permita que transponha tamanho e revolto mar
Não quero a calmaria do cais
A vida é navegar
Mas são tantos quilômetros a nos separar
Que seus sinais, seu chamado, seus convites,
Tanta sedução
Se esvaem como fumaça no céu estrelado de dezembro
E o tempo é tão curto
A vida escorre entre os dedos
E sequer percebemos
Os dias, os meses, os anos
Engarrafam freneticamente as estradas
Que nos distanciam
Queria congelar o tempo
E transpor tamanha distância
Desse Brasil continental
Que sem desejar nos separa
Poderia ser a Praia do Rosa,
Ou quem sabe Campos do Jordão
Nas ruas de Curitiba, ou um ponto qualquer
Desse mapa resistente em permitir nosso encontro
Tantos são os quilômetros
Tão poucos são os minutos
A distancia que concreta se impõe
Aos meus abstratos desejos
E a correria do mundo e da vida
Tempo de menos
Para nós
Mas este Oceano não é intransponível
Estas montanhas não são absolutas
Diante de fantasias tão poderosas
E da magia de um poema
Parem o mundo um instante
Um breve espaço, um só segundo
Abram-se os mares
Movam-se as montanhas
O tempo e o espaço não existem
Quando o vento apaixonado quer passar
Um breve instante
Feche os olhos
A terra deixou de rodar
As mares congelaram seu movimento
A distancia virou com as dobras que providenciei
No nosso mapa
A vida conspira a nosso favor,meu amor
O mundo parou para aplaudir nossa valsa
Feche os olhos
Sinta minhas mãos distantes
Sinta o meu beijo ardente
Posso sentir sua respiração ofegante
Transbordando de desejo e sensualidade
Meu corpo a milhares de quilômetros
Entrelaça o seu
E a harmonia perfeita da coreografia dos amantes
Se estabelece com a leveza dos arroubos juvenis
E explode no prazer dos momentos inesquecíveis
Um oceano imenso
De lagrimas, gotas de suor, fragmentos de saliva,
Saudade,amor e dor
Nos separa
Com quantos poemas se faz uma canoa
Que me faça de encontrar em sua cama
Se há tantos quilômetros entre nós
E tão pouco tempo, tempo sempre de menos.
Não importa
O dia está se acabando
As luzes da cidade se apagam
Os carros se escondem nas casas
O silencio da madrugada invade o meu quarto
Mas nem o tempo, nem a distância
Impediram
Que nas asas de minha poesia
Eu tocasse seu rosto, beijasse sua boca,
Entregasse o meu corpo, e feliz como criança
Cochilasse em seu ombro acolhedor
E mergulhasse no mais profundo sono
Sem me importar para a distancia, o tempo,
A imensidão do mar e a improbabilidade do amor!
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