O escuro veloz atravessa a noite no adormecer do dia que anuncia o final de mais um ano Não enxergo bem seus olhos Na penumbra da sala Não vejo bem os traços de seu rosto Um tanto desencontrados Mãos, braços, peito Se encontram num abraço terno e dilacerante a um só tempo Não quero muito Meu horizonte é hoje menos pretensioso Nesses minutos finais de 2012 Não quero mais que um abraço Guarde seu beijo Arquive a cópula cinematográfica que planejamos Não gaste palavras Só um abraço E me desfaço como criança De qualquer orgulho ou rancor E ME derreto feito manteiga em seus braços E me faço pó, qual suco de minha infância E mergulharei meu silencio Em teu peito E tentarei navegar em busca de dias felizes Que marcarei no calendário de fotos bonitas Que ganhei para escalar o novo ano
Nada importa O ano está acabando 43 do segundo tempo E antes que o apito encerre Esse ano de encontros e desencontros Um abraço Só um abraço É de apenas um abraço que preciso No centro da sala escuro Da noite que adormece Nesses últimos momentos do ano que se despede
Bola de Meia, Bola de gude é uma homenagem a música do Milton Nascimento e Brant. "Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração, toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão. E me fala de coisas tão lindas que eu acredito que não deixarão de existir, amizade, palavra, respeito, bondade, amor. Pois não quero, não posso, não devo viver como toda essa gente insiste em viver. Não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal (...)"
Há uma menina, uma jornalista, uma mulher, uma criança, uma torcedora, uma apaixonada, uma comunista, uma deputada, uma gaúcha, uma brasileira... Há tanto dentro de mim. E eu tenho que jogar para fora.
4 comentários:
O escuro veloz atravessa a noite
no adormecer do dia que anuncia o final de mais um ano
Não enxergo bem seus olhos
Na penumbra da sala
Não vejo bem os traços de seu rosto
Um tanto desencontrados
Mãos, braços, peito
Se encontram num abraço terno e dilacerante
a um só tempo
Não quero muito
Meu horizonte é hoje menos pretensioso
Nesses minutos finais de 2012
Não quero mais que um abraço
Guarde seu beijo
Arquive a cópula cinematográfica que planejamos
Não gaste palavras
Só um abraço
E me desfaço como criança
De qualquer orgulho ou rancor
E ME derreto feito manteiga em seus braços
E me faço pó, qual suco de minha infância
E mergulharei meu silencio
Em teu peito
E tentarei navegar em busca de dias felizes
Que marcarei no calendário de fotos bonitas
Que ganhei para escalar o novo ano
Nada importa
O ano está acabando
43 do segundo tempo
E antes que o apito encerre
Esse ano de encontros e desencontros
Um abraço
Só um abraço
É de apenas um abraço que preciso
No centro da sala escuro
Da noite que adormece
Nesses últimos momentos do ano que se despede
sonhei que abraçamos Porto Alegre.
:)
boa vida para você. das que tem começo marcado nos inícios de anos.
... pra te encontrar no meu abraço...
Pega aí um abraco virtual então. ;)
Renata Mendonca.
Postar um comentário