terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Vestido

Guardo meios poemas
Tranco espirros
Seguro lágrimas.
Calo.
Escondo palavras
Especulo caminhos
Sofro antecipado.
Choro.
Pego a mão
Seguro o vestido
Imagino o passado
Perco.



2 comentários:

Marcelo disse...

Legais os seus poemas :)

Anônimo disse...

Visceral e sem lapidação
Intuitivo e vigoroso
Derramo meus meio poemas
Transbordando as energias
Despertadas pelo dialogo surdo
que vaza redes,blogs e sensações
Colhidas da sensibilidade menina
Que não esconde seus desejos e frustações
Que não dissimula fantasias e feridas abertas
Do espirro faço a tempestade
Para irrigar o plantio renovado de esperança
Das lágrimas enxugo as perversidades do mundo
E libero o líquido que azeita minha fé
Tropeço, às vezes, nas palavras, confesso
Nas minhas palavras recheadas de sinceridades ingênuas
Que revelam minhas vísceras e minha alma
Mas as palavras são minhas companheiras de travessia
As melhores amigas
Minha ferramenta, meu jeito de existir
E embora pareça que num drible de corpo
ME cale
Se escondo as palavras
E pra me mostrar melhor
Em meus silêncios
Em meus vazios
Em meus sofrimentos preventivos e antecipados
O caminho construo com minhas próprias mãos
O choro é só pra irrigar a retina
E assim enxergar longe
Por cima de cabides e vestidos
Inclusive aquele
Que na tábua de passar, passado
Me traz ao presente o passado
E me contamina com uma leve sensação de perda
Mas minha alma forte de mulher
Forjada nos pampas e na correnteza do Guaíba
Solto uma enxurrada torrencial de palavras
Desordenadas
Dessarrumadas
Sem revisão ou lapidação
Pura explosão visceral
Da alma nua
Que já não precisa mais
Dos vestidos
Dos vestígios
Do passado perdido
Num velho baú
Enterrado no fundo do sótão
De mInha memória







Que na tábua de passar,

Em meus sofrimentos preventivos e antecipados