segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Voyeur

Não quero ser voyeur de teu passado. Não deixa a porta entreaberta. Eu não quero imaginar uma história pronta.
O olho mágico da porta funciona para quem esta do lado de dentro. Estou fora. Tenho a visão distorcida. E sempre contra mim mesma.
A perfeição do que vejo impõe objetivos que não consigo alcançar.
Fecha a porta. Tapa o olho mágico. Me leva para uma outra casa, no tempo presente. Com o passado dentro de ti, longe de mim.
Me leva para uma outra casa. Não quero ir sozinha.

1 comentários:

Anônimo disse...

Preciso de um teletransporte para o meio do nada. Assim esquecerei o meu passado (o nosso passado) que ainda teima em se fazer presente . Não quero olhar pela da porta , do olho mágico, ser voyeur. Não nasci para “espiar”. Nasci para fazer parte. Não quero imaginar uma história pronta.Quero construir a minha, a sua, a nossa.Cris